quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Qual é o seu Propósito de Vida?

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Para viver uma vida plena e com sentido, é fundamental descobrir qual o nosso Propósito de Vida. Cada um de nós tem um papel, um conjunto de talentos, uma maneira de ser única capaz de dar um contributo único ao mundo.
Os propósitos não têm que ser grandiosos porque o que está em jogo não é o Ego e sim a Alma, o contributo que nos cabe na partilha e na comunhão.


Para descobrir o seu, responda:
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1) O que faço bem e me dá energia? =energia+entusiasmo



2) O que me faz perder a noção do tempo? =prazer




3) Quais as qualidades que reconheço em mim? =fluxo



4) Quais são os meus talentos? =fluxo



5) Qual o meu Propósito de Vida? =o que faço bem + prazer + qualidades e talentos (competências)



...e quais as actividades onde posso usar o meu Propósito?



Para ajudar a descobrir as suas competências pense na sua vida e responda:




a) Quais eram as minhas brincadeiras preferidas e sonhos na infância?




b) Que obstáculos culturais/sociais/pessoais ultrapassei?




c) Como os superei? (que talentos e qualidades usei)




...e quais são os meus hobbies actuais?




O Propósito de Vida é a Energia que atravessa todas as áreas da Existência, do Nascimento à Morte.




Crie um slogan para si mesmo.
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(por exemplo: Eu nasci para_______________)
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

2012. Maias previram o melhor fim do mundo

(Artigo por Sara Sanz Pinto, Publicado em 12 de Novembro de 2009 no i online aqui)
Roland Emmerich percebe destas coisas. Fez "O Dia da Independência" (1996), "Godzilla" (1998) e "O Dia Depois de Amanhã" (2004). Destruir o mundo é com ele mas, desta a vez, resolveu encontrar novo fundamento para a história que vem contando há anos: inspirou-se no calendário maia para justificar um novo adeus ao planeta, com "2012" (estreia-se hoje, veja em que salas entre as páginas 44 e 46). Para o tentarmos entender melhor, procurámos uma fonte próxima destas tradições. Eduardo Buzaglo explica-nos a origem e os pormenores desta crença. Vive em Mafra, na Casa Shanti, espaço dedicado ao turismo rural com a vertente macrobiótica e agricultura biológica. Está também ligado à permacultura, a auto-sustentabilidade económica e emocional. É o representante do calendário maia em Portugal.
O que é o calendário maia?É um tema muito abrangente. Os maias tinham 17 calendários diferentes e eram um povo que tinha um conhecimento muito vasto sobre o tempo. Hoje em dia, na física quântica, que é a parte que está mais perto da ciência que os maias dominavam naquela altura, porque os maias utilizavam uma matemática da quarta dimensão, que é uma matemática que é vista não pelos valores quantitativos, mas pelos valores qualitativos, apesar de também jogar com as quantidades. Por exemplo, um mais um é igual a dois. Mas dentro da matemática quântica, um que é uma qualidade ou um poder magnético, com mais outro poder magnético, é igual dois, que não é um valor superior, mas sim uma qualidade diferente. Portanto, não existe o raciocínio que dois é mais do que um. Dois é diferente de um. Entramos no mundo das qualidades. Como disse há pouco, eles tinham 17 calendários diferentes, o que nos faz um bocado confusão, porque nós só temos um. Estes calendários faziam contagens de ciclos, por exemplo, do planeta Vénus, que tinha uma grande importância para eles. Sempre que Vénus se aproximava da Terra marcava uma determinada influência. Estamos a falar de uma civilização muito avançada e, em muitas áreas, muito mais avançada do que a nossa cultura actual, mas que surgiu numa época anterior e que teve também um pouco isolada da informação. Supõem-se que os fenícios já tinham chegado à América, os vikings já tinham chegado à América, embora isto não tenha sido divulgado na história que aprendemos. Portanto, existiu toda uma cultura no México que não se conhece totalmente. Por muito que se diga que faziam sacrifícios humanos e outras coisas, não há uma certeza absoluta, pois o bispo Diego de Landa Calderón, que era um espanhol, destruiu todos os vestígios da cultura maia. Livros, pinturas…. Queimaram tudo numa fogueira. Houve mesmo uma noite que ficou conhecida na história. Isso sabe-se que aconteceu.

Mas porque é que isso aconteceu?Aconteceu porque a informação que eles tinham iria provavelmente ameaçar o poder do Vaticano. E como se sabe, ainda hoje acontecem na nossa cultura esse tipo de situações. Existem muitos conhecimentos que não vão para a frente, porque não interessa ou à economia, ou à indústria farmacêutica. Estamos nisto. Hoje em dia a política e o sistema bancário estão, de facto, bloquear a evolução da humanidade. Alguém pode aparecer com um carro maravilhoso, que não polui e que não é caro, e automaticamente isso não interessa. As companhias petrolíferas vão vir logo com milhões para o carro não ser comercializado e com um pequeno aviso: “tens uma mãe, um pai, vê-la, toma lá este dinheiro, e vamos esquecer este assunto para já, que nós depois vamos pegar nisto daqui a uns anos”. Assim vão-se bloqueando as ideias e muitos projectos ficam na gaveta.

Conhece alguma pessoa que tenha sofrido este tipo de pressões?Pessoalmente, não conheço nenhum caso directamente. Mas sei de alguns casos indirectos, como alguns carros que surgiram na Califórnia – que é dos Estados mais evoluídos e inovadores da América -, durante os anos 90. Carros eléctricos, lindíssimos, com uma autonomia de cerca de 100 quilómetros, cuja bateria se carregava como se fosse um telemóvel. Os carros nunca foram vendidos ao público, mas houve uma empresa que os alugava, tipo um leasing, mas com um tempo determinado. Expiraram os contratos e não foram nunca mais renovados. Isto é um caso, mas existem muitos mais. Retiraram todos os carros de circulação e foram todos para abate. Tem havido sistematicamente este tipo de bloqueios. Podemos dizer que hoje em dia podíamos todos circular com carros eléctricos; temos tecnologia para isso. Não há é vontade política e financeira para que isso aconteça. Prefere-se poluir e viver num faz de conta. Agora vai haver a conferência em Copenhaga, está tudo muito preocupado com as alterações climáticas, mas não é uma preocupação genuína, porque existem mudanças que podem ser feitas, dentre deste próprio sistema, mas que não são feitas por motivos económicos e políticos.

Mas voltando ao calendário maia. Porque é que apenas um é utilizado?Não utilizamos muito o termo calendário, mas antes “sincronário”. Porque calendário não é a palavra correcta, apesar de ser a palavra que é actualmente utilizada. Calendário é uma palavra que vem do tempo dos romanos – calendus – e que significa pagamento, que era feito de tanto em tanto tempo. Daí derivou a palavra calendário, que transmite a sensação de obrigação. Já sincronário tem que ver sincronização e com a liberdade de se acompanhar ou não. O calendário que a maioria das pessoas utiliza é o calendário gregoriano, que é um instrumento que está associado a uma vida de trabalho e de ganhar dinheiro. Trabalha-se seis dias e ao domingo descansa-se. Qualquer calendário é uma programação do tempo das pessoas. O tempo informa a nossa vida, de certa forma, até mesmo o calendário gregoriano. A pessoa acorda de manhã: “que dia é hoje? Domingo”. Pronto, domingo, a pessoa já tem uma postura mental completamente diferente, do que se fosse segunda-feira. Se por acaso, que é o que se passa agora, a pessoa for informada por um calendário como é o calendário gregoriano, que não está associado, praticamente, a nenhum ciclo natural, qualquer movimento planetário ou da lua. Um dos poucos ciclos a que obedece é o ciclo do ano. O ano tem de facto 365 dias, que é a rotação da Terra à volta do Sol. Mas, toda a estrutura dos meses é completamente artificial e foi feita pelo simples facto de criar um estilo de vida nas pessoas e controlar um grupo social, neste caso foi a Europa, foi a América e hoje em dia é o mundo. Num país muçulmano, domingo é domingo, em vez de ser à sexta-feira como a tradição deles manda. Além disso este calendário é um instrumento deformado. Se partirmos do princípio que o calendário é um instrumento de medida do tempo, o calendário gregoriano é como se fosse uma régua, em que um centímetro às vezes é um centímetro e outras vezes é um centímetro virgula um. Então como é que ficamos? Se eu disser a alguém encontramo-nos daqui três meses? Não é uma medida correcta, não podemos falar em precisão. Estamos falar de quê? Meses de 28 dias, de 30 dias, de 31 dias? O calendário não faz sentido. Os maias já tinham esse conhecimento. O tempo informa a realidade e quem controla o tempo pode controlar grupos socais para o bem ou para o mal.

Como é que surgiu este recente interesse pelo calendário maia?
Houve aqui no Ocidente um senhor, cujo nome é José Argüelles, que esteve vários anos no México. A mãe é de origem mexicana e o pai é norte-americano. É um artista, professor na Universidade de Princeton e no Instituto de Arte de São Francisco e fundador do Planet Art Network e da Foundation for the Law of Time, que lança as bases para uma nova tecnologia, retirada do conhecimento dos maias. E foi assim que se redescobriu um calendário novo, o calendário das 13 luas, alternativo ao calendário gregoriano. É um calendário que se relaciona com a nossa vida terrena. O ano é divido em 13 luas, com períodos de 28 dias - que é o ciclo médio lunar e ciclo de menstruação da mulher. Há toda uma correlação com os ciclos e aquilo que acontece na realidade, por isso é que lhes chamamos sincronários, porque sincronizar é estar em harmonia com o todo. Nós estamos sincronizados naturalmente, senão morríamos. O nosso coração bate, estamos sempre a respirar e sem pensar nisso. Portanto, há aqui uma sincronia que está para além de nós e muitas vezes não estamos conscientes disso, o que nos traz alguns atrasos e alguns dissabores. Viver com a consciência da sincronia é entrar no campo da vida mágica, que já fez parte do Homem. Ao calendário das 13 luas foi acrescentado um dia extra, que se chama “dia fora do tempo”, para fazer os 365 dias. Os anos bissextos não são reconhecidos, porque não fazem sentido.

E o que é esse dia fora do tempo?Há uma fórmula que se utiliza matemática quântica, que consiste em acrescentar o factor +1, para chegar a um resultado. A ideia é esta: numa conta perfeita, se não se acrescentar este factor, a conta fica estática e não tem razão de ser. O +1 dá-lhe o movimento, a razão de existir. É como se fosse a matriz. É um exemplo um bocado estúpido mas, para que servem dois sofás se não existe ninguém para se sentar deles. Se acrescentar o factor +1 habitante, o sofá passa a fazer todo o sentido e a equação já tem razão de ser. Portanto, aqui são 28 dias vezes 13 ciclos que dá 364 dias mais um dia fora do tempo que dá 365 dias.

Se o calendário das 13 luas não era o preferencial deles, porque é que é aquele de que mais se fala hoje em dia?Porque este calendário das 13 luas existe mundialmente. Existe na Índia, existe na República do Altai, existia na América do Norte e Central e os maias também o tinham. Portanto, penso que o calendário das 13 luas é mais compreensível no Ocidente, porque também está sincronizado com as semanas de 7 dias. Uma lua de 28 dias são quatro semanas. No nosso universo, na natureza, existem números e fórmulas matemáticas e os maias tinham esse conhecimento. O que os maias fizeram no fundo trazer essa informação para a sua cultura, para o dia-a-dia. O Sol, por exemplo, tem uma determinada matriz, um determinado ciclo, uma rotação e nessa rotação existem diversas informações, diversos códigos, que chegam à Terra todos os dias. Os maias entendiam esses códigos. Isto é quase um conhecimento que existe antes de existir, foi descodificado pelos maias e está agora a ser recuperado por nós. Através dos calendários maias podemos saber em que dia estamos e o tipo de energia que esse dia transmite, a energia da semana e ou a energia do ano. E assim temos uma visão global da nossa situação, do ciclo mais pequeno que é o dia, até ao ciclo maior. Mas, quando entramos no mundo das qualidades, não há pequeno nem grande, melhor ou pior, isso deixa de existir. Sincronizar é conseguir estar presente no presente e estes instrumentos ajudam-nos a encontrar essas sincronicidades. Mas continuo a seguir o calendário gregoriano também, sei que hoje é segunda-feira. Não há aquela coisa, agora estou no maia e tal, não sei que dia da semana é hoje. Tudo são instrumentos úteis. Ser segunda-feira, dia 9 de Novembro, pode ser bem mais do que só isso, porque no calendário maia, aparece um “glifo”, que é um cão, portanto estamos no dia do cão rítmico. O cão é o poder do amor incondicional – o único amor que devia existir – rítmico é o tom, é a forma de comunicação desse cão. Dentro do poder do amor incondicional, simbolizado pelo cão, existem treze formas de expressar esse sentimento. Cada um dos glifos está associado a um determinado poder da criação e expressa-se em 13 tons diferentes.

E o Tzolkin? É outro calendário, certo?Tzolkin existe na América Central antes dos maias serem conhecidos como maias. Se quisermos expressar isto de uma forma mecânica, há uma roda pequena, de 13 tons, no interior de uma roda maior com 20 glifos (13 vezes 20 é igual 260 que corresponde a um ano no calendário Tzolkin). Hoje (segunda-feira, dia 9 de Novembro) é o dia do cão rítmico, daqui 260 haverá outro dia igual. Isto está relacionado directamente com o movimento do Sol.

Quantas pessoas em Portugal estão agora a seguir o calendário maia?Nós formámos, há uns ano,s uma representação do calendário que se chama PLAN – Planetary Art Network – e que existe em quase todos os países do mundo. E português chama-se Rede de Arte Planetária. Temos um site na internet com informações que as pessoas podem estudar online e fazer uns downloads. Organizamos algumas actividades, apesar de a frequência ter diminuído nos últimos anos. De qualquer forma, temos uma mailing list de cerca de 3 mil pessoas directamente ligadas ao calendário e talvez haja mais pessoas, que vão seguindo e pessoas que sabem qual é o seu glifo de nascimento, ou seja, o glifo que estava activo no dia em que nasceram.

E o que é que o glifo do nascimento nos diz?Um dos problemas que existe na humanidade hoje em dia é que o ego tomou umas proporções gigantes. Não estou a dizer que as pessoas não devem ter ego, mas o ego tem de estar num determinado sitio e na sua verdadeira dimensão, não pode tomar conta da pessoa. O ego é uma doença que existe a nível mundial, só que é visto como uma coisa normal, é uma doença que não é reconhecida como doença o que ainda é pior. Uma pessoa quando sabe que está doente, trata-se. Se não reconhece que está doente pode levar um estaladão a qualquer momento sem saber de onde vem. Portanto, saber o glifo do nascimento ajuda as pessoas a descodificarem-se e identificarem-se com outro tipo de energias. É todo um percurso. Enquanto no calendário gregoriano vemos, segunda-feira dia 9 de Novembro, faltam cinco dias para o fim-de-semana, através do conhecimento maia ficamos a conhecer a parte espiritual e mágica do dia que normalmente desconhecemos.

E como é que com esta informação toda chegamos à previsão do fim do mundo?Agora tenho de falar noutro aspecto do calendário maia. O tempo é um bocado equivalente ao nosso cérebro. Temos biliões de neurónios e ligações, que se chamam sinapses. Se alguns neurónios morrem não há mal nenhum porque as ligações são novamente restabelecidas. Havia aquela ideia de que com o tempo as pessoas iam perdendo neurónios, mas sabe-se que existem outras causas para isso. Não é pela idade porque mesmo que se perca alguns neurónios, eles são imensos e conseguem criar novas ligações. As principais razões que levam à perda de neurónios são a má alimentação, as drogas, a cafeína e o stress, que é a pior coisa que há. A própria atitude da pessoa perante a vida. Não existe no Ocidente uma ciência do tempo, existe a noção espaço/tempo ou tempo/duração, de que por exemplo o Einstein falava (o tempo que um determinado objecto demora a percorre um determinado trajecto). Mas isso não é o tempo por si só, o tempo não tem nem princípio, nem fim. Uma coisa equivalente ao tempo é o nosso pensamento. Não é possível dizer quando um pensamento começa e acaba. Pode-se classifica-lo, mas mais nada, não podemos dizer quanto mede. Mas voltando à questão de 2012. Os maias têm uma contagem longa que foi estabelecida em, salvo erro, 13 de Agosto de 3113 a. C. E curiosamente eles estabeleceram essa contagem muito precisa, que termina no dia 21 de Dezembro de 2012, do calendário gregoriano. Johan Calleman, um biólogo sueco, explica isto melhor que ninguém. Começou a estudar o calendário maia no final dos anos 80 e observou umas pedras que tinham determinadas datas e que o deixaram um pouco perplexo. Então começou a fazer associações entre essas datas e datas que a ciência actual dá como momentos importantes. Por exemplo, o Big Bang tem uma data que está lá escrita numa pedra. Então ele chegou à conclusão que essas datas marcavam ciclos em que houve um salto evolutivo na vida na Terra. Estava lá também a data aproximada da aparição da humanidade, entre outras. Então, Calleman conseguiu isolar nove datas e a cada data dessas chamou de Underworld (submundo). Também, as pirâmides maias têm nove andares até ao topo, onde normalmente está um pequeno templo. Portanto, pôs o ciclo maior na base da pirâmide e verificou que cada ciclo está dividido em treze passos e cada ciclo é 20 vezes mais pequeno do que o ciclo anterior. Por exemplo, o ciclo maior, o do Big Bang foi há 16, 4 mil milhões de anos. O ciclo seguinte, da aparição das primeiras formas de vida na Terra, foi há 820 milhões de anos. Ou seja, 820 milhões de anos vezes 20 é igual a 16,4 mil milhões de anos. E assim sucessivamente, com cada ciclo sempre 20 vezes mais pequeno do que o anterior, até chegar ao nono e ultimo ciclo, que só tem 260 dias. Os Maias conheciam o programa cósmico e é disto que estamos a falar aqui. A Criação tem um programa, tal como um computador. E os maias sabiam exactamente e de uma forma científica como é que esse programa se ia processar, até alcançar o seu objectivo final. Porque o Criador tem um objectivo final. Nada é por acaso. Existe uma informação temporal que está por trás de tudo isto e essa informação é realizada na terceira dimensão através de ciclos, que terminam de uma forma física, e dão início a outros. Isto tudo faz parte de um processo evolutivo. Os maias ao conhecerem esse processo evolutivo conheciam os ciclos da galáxia e da natureza. Estes submundos começam, estão divididos em 13 passos e terminam todos em 2012. Portanto o primeiro ciclo da criação, o tal Big Bang, com os seus sub-ciclos, termina em 2012. Quando falamos em 2012 estamos a falar do encerramento de nove ciclos! O Sistema Solar e, logo, a Terra acabaram de entrar numa região do espaço que dá pelo nome de região dos fotões, que está inundada de partículas de luz.

Vão ser anos de luz?Sim. Vão ser a evolução da consciência que é o que é preciso mudar no Homem. A nossa mentalidade e a nossa forma de estar na vida já não estão a funcionar. Vai ser uma evolução gradual, mas muito acelerada. Como em todas as evoluções vão existir pessoas que não se vão conseguir adaptar. Isso acontece na natureza e irá acontecer em 2012 também. Esta nova era, como é o culminar de um programa cósmico, vai obrigar-nos a evoluir. A humanidade vai ter de evoluir na Terra. As condições que estão a ser criadas vão culminar numa evolução da consciência, numa iluminação. Cada ser humano por si só vai ter capacidade para se tornar num ser autónomo; não vai precisar de médicos, para se saber tratar, nem de políticos para gerirem a sua vida, nem banqueiros. As pessoas vão viver segundo princípios de lealdade e igualdade. É uma mudança rumo à luz, das trevas estamos nós a sair. Luz é amor, é o cão de que falávamos há pouco. Mas, também cega.

"Como em todas as evoluções vão existir pessoas que não se vão adaptar. Acontece na natureza e vai acontecer em 2012 também"

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O nosso Medo mais profundo



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Este texto, da autoria de Marianne Williamson, foi usado por Nelson Mandela no discurso, salvo erro, da tomada de posse:
O nosso medo mais profundo, não é o de sermos indequados.
O nosso medo mais profundo, é descobrir que somos muito mais Poderosos do que pensamos!
É a nossa Luz e não as nossas Trevas, aquilo que mais nos assusta.
Perguntamos a nós próprios :
Quem sou eu para ser tão Brilhante, Interessante, Talentoso e Maravilhoso?
Na verdade, quem és tu para não o seres ?
Tu és filho de Deus, filho da Vida!
Ser medíocre, não vai ajudar em nada o mundo.
Não há nada de brilhante em te diminuíres para que os outros não se sintam inseguros perto de ti.
Nascemos para manifestar a Glória de Deus que está em todos nós.
E quando deixamos a nossa luz brilhar, inconscientemente, damos aos outros a possibilidade de brilhar também.
Quanto mais livres formos, mais livres tornamos aqueles que nos cercam.
(outra tradução livre)

domingo, 7 de junho de 2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Grupos de Orientação

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G.O.D.H
Grupos de Orientação para o Desenvolvimento de Faixa etária de 12 aos 18 anos


Objectivos de Coordenação
· Auscultar as necessidades tanto de rapazes como de raparigas.
· Desenvolver o conceito de Auto-Estima e Auto-confiança
· Socialização
· Interacção com o Universo dos adultos
· Sexualidade
· Violência e comportamentos desviantes
· Ética e espiritualidade
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Carga Horária
1H15 Semanal em inicio a partir de 23/06
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Preço por Aula
10.00€
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Instrutora Principal
Drª Silvia Morais (psicóloga clínica e psicoterapeuta)
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Telefone de contacto
214530530 / 925012944
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Nota Importante: Nas sessões em que se abordem temas específicos tais como a sexualidade, teremos profissionais especializados a participar na aula (tal como um sexólogo/a). Previamente ao inicio da curso haverá uma palestra de esclarecimento de dúvidas a todos os pais e educadores com hora e dia a combinar no início de Junho.
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segunda-feira, 16 de março de 2009

“Sombras”

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Amigos, entre o último texto e agora, muitas tarefas tribais me chamaram. A tribo familiar, a tribo grupal, enfim, várias tribos a que pertenço. Entre consultas, e a organizar outras tarefas, o pouco tempo que me sobrou (e sobra) tenho que o dedicar “á nobre arte de não fazer nada” a não SER EU MESMA.
Continuo a querer dar a minha visão pessoal à tribo dos bloguistas deste país. Pois aqui vai:
- Um destes dias uma paciente (PAC) que entra indignada e ao mesmo tempo, a sentir-se impotente para fazer alguma coisa. Eu (PSI), depois de a convidar a acomodar-se, pergunto:

PSI: Em que posso ajudar?
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PAC: Já não sei, o que pensar, o que fazer, já não sei quem sou: só consigo ver desgraça, violência e medo. É muito inseguro sair á rua. Meto-me num cantinho e estou a deprimir.
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PSI: E o que vê exactamente nessa desgraça, nessa violência que me está a reflectir?
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PAC: Como assim, o que vejo?
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PSI: O que sente quando vê?


PAC: Sinto raiva, desprezo por esta gente, vontade de fazer explodir tudo…
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PSI: Exactamente, o que “essa gente” sente, já reparou? É assim que começa a violência: quem tem raiva, parte para a explosão interior ou exterior, nos outros. Você está a ver neles o que tem em si, que não quer admitir, olha-se ao espelho sem perceber.
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PAC: Eu? Então eu que quero paz e harmonia, você diz-me que eu é que tenho violência e raiva?
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PSI: Foi a Srª que disse, eu não invento nada. A Srª está a ser invadida pela sua própria sombra e como quer manter uma auto-imagem de “Paz e Amor” nem se apercebe que aquilo que vê nos outros está em si, se estivesse com compaixão apenas observaria o que se passa à sua volta e nada teria impacto desgastante, como tem. É tudo uma questão de espelhos.
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PAC: Ora essa, nunca tinha visto por esse prisma…
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PSI: Pois, nunca ninguém quer ver as suas sombras, e muito menos a sua própria luz, porque ninguém pode ter veleidade de chegar á luz sem passar pela própria escuridão. Quem diz o contrário, mente, não porque queira, mas por ignorância ou medo de se ver por dentro.
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PAC: Então, e agora, o que faço com isto? O que faço com estas sombras, que , como diz estão dentro de mim?
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PSI: Há várias maneiras de se lidar com elas, dependendo do seu grau de entendimento e empenho, mas posso dizer-lhe já, O QUE NÃO FAZER COM ELAS : Querer ver-se livre delas, empurrá-las para os outros ou odiá-las. Tente percebê-las como partes de si que precisam de ser entendidas e ouvidas. Só assim elas se tornarão suas aliadas, em vez de inimigas.


PAC: E quando estiver por exemplo a ver tv ou a ouvir conversas?


PSI: Observe o que sente, e diga para esses sentimentos que você não os despreza nem odeia, mas que os quer entender. Estará a caminhar para a compaixão e não para a impotência que sente.

Depois disto fizemos um exercício demonstrativo.
A própria impotência que sentia, diluiu-se e transformou-se em empenho e mudanças. Por dentro, claro, que por fora só se verão quando a perspectiva mudar de facto.
Trabalhar com as nossas sombras é o caminho para atingirmos a nossa luz. O mundo está cheio da nossa própria escuridão.


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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

And The Winner Is…





Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo - pela FIFA,
prémio dado em mão pelo Pelé. Juro, não percebo
nada de performances futebolísticas, nem sequer quero
investir tempo nisso, pelo menos agora na minha vida,
mas quero ver mais perto o perfil psicológico
comportamental do Cristiano Ronaldo.
Posso estar a cometer um enorme erro de interpretação,
mas aqui vai: Rico menino pobre, deslumbrado pela
juventude que ainda corre nas veias e castrado por um
clã feminino abusador. Tendo partido o pai, para terras
distantes do Além, ei-lo aqui espremido entre uma mãe
tão querida, duas irmãs aduladoras, um primo (ou
cunhado, não percebo a ligação parental) subserviente
e um irmão "desagarrado" das drogas, pelo dinheiro
ganho com golos e suor e decerto lágrimas. Lágrimas
porque Cristiano Ronaldo é um elegante, fashionable
e naif puto que ainda pensa com os dólares e euros
que tem na carteira e atrai a ele mulheres que se calhar
querem ser "as mães" substitutas.
Há muito tempo que observo, testemunho e sou
confidente de "sub-casamentos" de codependência
entre mães e filhos. As mães responsabilizam os filhos
(ou filhas) pela felicidade, companhia e submissão que
não retiraram dos casamentos e estes filhos que nunca
ultrapassam o Édipo dentro deles, juram amor eterno
às suas mães que se vão aproveitando até á ultima
gota de sangue, como sanguessugas famintas.
Olho para fotos de revistas, olho para os olhos que me
levam á criança desamada que só pede:
Gostem de mim!
Olho e só sinto uma compaixão enorme por este menino
– homem mal acabado e que só quer provar que é o
melhor só para gostarem dele. Não vejo o brilho da
alma, mas sei que está lá, coberta pelos véus negros
e efémeros da vaidade egóica. Vejo um ego inflamado,
e aquela ilusão dos 20 anos que diz: Eu sou o maior!
E sinto um menino calado, cheio de fome de Amor a
pedir a esmola: Por favor, gostem de mim!
Espero, profundamente que o CR7 leia este "post", se
alguém lho quiser passar, para ele saber que há muitos
olhos postos nele, não para lhe exigirem mais vitórias,
mas para olharem a dor que emana, da prisão dourada
em que se meteu.
Desejo que cresça mais sábio e com a humildade dos
grandes, de que o corpo, os feitos, os golos, e as
vitórias….tudo passa, e isto também passará.
E depois, Cristiano Ronaldo, quando é que vais
resgatar a tua criança perdida?




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Hoje velho, ontem jovem




Desde o principio de Dezembro de 2008 que muitos
esqueletos foram tirados dos armários de toda a
gente. Os festejos de natal incluem sempre bacalhau,
rabanadas, sonhos, filhoses e esqueletos de temas
familiares não resolvidos, reprimidos porque parece
mal e não se querem confrontos nem conflitos, mas
vêm numa linda travessa recheada de hipocrisia e
vitimização; quando alguém levanta o recheio,
rapidamente se escondem os ossinhos dos
esqueletos no primeiro armário que se encontrar,
até serem de novo servidos no natal seguinte.
No dia 05 de Janeiro estreou-se um programa, já
dado pela Sic, mas com nova roupagem,
magnificamente liderado pela Conceição Lino:
"Nós por cá"… e no documentário desse dia foi
mostrado o auxilio domiciliário a idosos; o ponto a
que eu quero chegar (ou o esqueleto que eu quero
desenterrar) é o seguinte: Há imensos, milhares de
dedos apontados a quem abandona os mais velhos,
a quem os deixa em lares ou hospitais e familiares
que desaparecem não querendo cuidar dos velhos
pais ou avós. Qual o esqueleto desta acusação?
Talvez, não fique bem socialmente, ou não seja
culturalmente correcto, porque não convém, ver
o princípio deste drama:
Muitos que têm hoje 70, 80 ou mais anos e que estão
despejados em lares, já foram jovens, foram pais e
educadores, e nessa época não tiveram um grão de
amor para dar aos filhos e outras crianças.
Foram pais vazios de afecto e de função que só viam
a sobrevivência e a loucura de amealhar mas que
empurraram para outros a função afectiva.
Estes filhos cresceram sem saborearem um afecto,
um mimo, um amor. Todos os natais tinham que
engolir lágrimas e mostrar a cara da" família feliz".
Aqueles pais CAVARAM um fosso gigantesco, e
agora reclamam algo que nunca tiveram, nunca
deram e queixam-se: quem abandonou quem?
A latência do amor nasce connosco, mas o afecto
aprende-se.
Já sei, que também eles não tiveram quem os
ensinasse, mas por favor, não continuemos esta
cega-rega de acusar uns e vitimizar os outros.
Como psicóloga, deparo-me diariamente com estes
filhos, cujos pais (ou 1 deles) ainda são vivos, e que
choram copiosamente a dor da criança abandonada,
mal tratada, perseguida, humilhada.
Então em que ficamos? – Perguntam vocês – É então
justo que se abandonem seres humanos, como
emplastros usados?
Eu respondo, segundo a minha consciência:
Não, e há soluções para isto: A assistência social,
que averigúe os motivos reais (não os aparentes)
porque se abandonam idosos, e que requeira uma
intervenção familiar, no sentido de tratar os traumas
e dores dos mais novos, para se poderem apaziguar
com a velhice dos pais, mas também para resolverem
os assuntos inacabados da infância.
Terapia, meus amigos, terapia! É resposta de
psicóloga, tudo bem, mas têm melhor? A requerida
mudança de mentalidades, requer um despertar de
consciências: Ter a consciência de que basta de
críticas e julgamentos e passarem à acção. Se não
sabem o que fazer com os idosos da vossa família
ou se não querem cuidar deles, não se sintam maus
ou egoístas. Perguntem antes: porque não consigo?
O que me impede? E façam psicoterapia. Há mais
na vossa infância do que aquilo que querem ver,
e amanhã também terão a idade em que vão precisar
do amor que semearem hoje, ou não…
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Coisa Feia a Inveja


Mas já agora , na outra sexta consegui ver na Tv., a
inauguração do hotel Atlantis no Dubai. De facto um luxo,
e um delírio visual (pois, porque só vi, não estava lá, e
bem que gostava).
Em voz de fundo à jornalista que comentou a peça ia
dizendo que blá, blá, blá…Wiskas saquetas, no Dubai não
havia eleições, que o chefe era o Sheik, que a tv é estatal
(como quem diz, tudo uma ditadura) e ao mesmo tempo,
eu ia arregalando os olhos de prazer ao ver a nata VIP do
mundo inteiro (2000 convidados), para comentarem o
evento, e a beleza (mesmo que artificial) que os árabes
conseguiram fazer nascer do “nada “, ou seja de areia e
geografia inóspita -comentário este feito pela jornalista
observadora.
Achei delirante que o comentário feito por um
multimilionário da África do Sul de que estas ilhas
artificiais sejam declaradas a 8º maravilha do mundo,
fosse comentado pelos ingleses como o 8º vómito do
mundo ! (claro está porque não foram os ingleses a fazer,
nem foram convidados para fazer) e mais uma vez
constato que quem vê vómito seja no que for, está a
ver-se a si mesmo (espelho, espelho meu, diz-me quem
é mais vómito do que eu?).
Ora acontece que, eu tenho uma querida Reikiana a viver
no Dubai já há dois anos e a trabalhar com árabes, e a
mãe dela, que também é Reikiana, visita-a com
regularidade (eu já me propus para ir lá como Xamã…
estou a brincar, porque já fui convidada para ir lá passar
férias), e tanto uma como outra, contam-me que o tal do
sheik é uma pessoa encantadora, muito amada pelo seu
povo, e zela pessoalmente pelo bem estar de todos.
Como têm acesso a tudo o que vai pelo mundo fora,
querem lá saber se a Tv é estatal ou não; o que é a
ditadura para uns, é a preservação de uma cultura, que
gostemos ou não, é a deles.
Há de facto motivos para o ocidente, querer espartilhar
todos os povos e todas as culturas no mesmo modelito,
para ser tudo igualito, tipo farda maoista, tudo o que saia
da prepotência da raça branca caucasiana, é logo para
derrubar, maldizer e aniquilar.
Não me digam que agora vão querer inventar um arsenal
bélico no Dubai, para assassinar o Sheik, como fizeram
com o Saddam, e já agora ficar com o rico petróleo e
dinheirinho e hotéis de 7 estrelas no Dubai, que ficam
muito mais giros do lado de cá do ocidente, do que
naquelas terras de 50º no verão…
Ai, ai, coisa feia o esqueleto da inveja…


.

Poupar…Poupem-me é a minha beleza, pá!


Agora vejo por toda a parte, dicas felizes e maravilhosas
sobre: 10 maneiras de poupar com a crise – o manual da
poupança - o que fazer com a crise e toda uma série de
estratagemas maravilhosos e apaixonantes sobre
poupança, investimentos e demais maravilhas mágicas
para sair desta!
Ainda não vi nenhuma revista nem jornal a questionar:
- Já pensou qual a crise que vai dentro de si?
- Já pensou como poupar energia mental, ao deixar de
criticar tanto, e fazer mais?
- Já pensou qual a sua própria crise pessoal?
- Como é que se relaciona com o dinheiro desde que
nasceu? O que aprendeu sobre partilha e troca? O dinheiro
é um fim a atingir ou um meio para atingir o fim?
Mais uma vez estão a reconstruir a casa como a fizeram:
Pelo telhado? Porra, que esta gente nunca mais aprende!...
Se tudo o que fizeram: esgotaram-se para ter mais umas
férias, venderam a avó para comprar a casa maravilha,
venderam a alma, para sacanear os outros, e o resultado,
foi aquilo que se vê, já estão outra vez a fazer a mesma
asneira que é começar tudo por fora e não por dentro, pelo
telhado e não pelas fundações!...
Irra, que é preciso ser-se burro e cego!
A virtualização de se venderem bens especulativos, e
passarem com a batata quente ao próximo palerma, parece
que pegou moda fascinante, como os jeans.
A frustração é o sentimento dominante! Temos pena!
Choram por aquilo que não têm, em vez de desfrutar e
agradecer o que têm!
É pá, poupem-me a beleza, e verdadeiramente
experimentem a "teoria economicista da ralação", que é o
mesmo que dizer: economizem na crítica, no azedume e na
coitadinhice, e façam-se à estrada:
Quando a vida nos traz um limão, fazemos dele uma
limonada, ou ficamos com um limão azedo nas mãos?


.

Crisis?...What Crisis?...


Não era uma música dos Pink Floyd? Ou um albúm?
Já não sei bem, mas este grito vive dentro de mim e
salta cá para fora, desde os anos 80. Mas qual crise?
De que estamos a falar? De que entretenimento falamos
para pôr o povéu todo a olhar pr'a li? Para o lado que lhes
dá mais jeito?
Há muitos anos que eu ouvia falar da ausência de valores,
que se perderam valores, blá blá blá….wiskas saquetas, e
tudo me fazia confusão! Hoje, mais madura, mais velha e
mais macaca, começo a perceber uma série de subtilezas
manhosas:
Subtileza 1: Não há falta de valores, nem eles se
perderam, foram invertidos. Numa escala de 0 a 10 quais
são os valores pessoais que se interiorizaram ao longo
da vida? E esses valores são pessoais ou adquiridos tipo
tradiçãozeca de família, só para serem usados uma vez
ao ano?!? Então qual é o meu papel?
Declamar os valores, abanando a cabeça, como fazem os
muçulmanos quando decoram o Corão, num estado de
transe hipnótico, ou questionar os meus valores que eu
desejo praticar em consciência?
Subtileza 2 : Não tem dado muito jeito ao estado, às
religiões ou às ciências, ensinar cada um a
responsabilizar-se de tecerem os tapetes da própria vida.
"É melhor que a gente faça por vocês, ó patetas alegres
descerebralizados (qual lobotomia feita pelo Prof. Egas
Moniz) do que vocês se porem a pensar e fazer asneira,
(que é o mesmo que dizer, pensarem por si próprios e
questionarem o nosso abuso de poder)".
Subtileza 3: O abuso do poder que julgam que têm! Há
uma linha ténue entre autoridade e o abuso dela. Muitas
pessoas não sabem lidar com a autoridade, porque nem
sequer vislumbraram a diferença entre abuso, poder e
autoridade.
Subtileza 4: Poupar…poupar…mas desta subtileza,
falarei mais tarde, tirando outro esqueleto do armário
que agora não me apetece.
Parecem-me haver mais subtilezas manhosas nesta coisa
da crise. Como eu penso pela minha cabeça e pela minha
experiência adquirida, a crise, tal como a apresentaram e
pintam não me convence! Estou mais convicta em ver
oportunidades de cada um olhar para dentro e mudar o que
faz sentir-se mal, do que querer o que está fora, numa
tentativa aparvalhada de remendar os buracos. Cada um
pega na crise, como se pega numa minhoca – com nojo, ai
que horror, como se não tivesse nada a ver com aquilo.
Os outros é que são todos maus, uns abutres, umas hienas
hipócritas, porque cada um, tadinho, dentro das suas
próprias casas e dentro deles mesmos não contribuíram em
nada para a "crise das minhocas no quintal" – as vitimas
estão sempre à espera que solucionem por elas, enquanto
rastejam a pedinchar e a queixarem-se.
Desculpem lá, mas já estou cheia desta "merdice" pegada
da crise, que ninguém quer, mas da qual todos se
aproveitam para esconderem os verdadeiros vazios que
criaram. E agora, querem fazer mais o quê?
.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Cheguei


.

(Sons de passos em folhas secas) …Está aí alguém?
Posso entrar?...
(Como ninguém me responde, vou entrando) À minha
frente, uma clareira com "tippies" montados, e ninguém
á vista. Hummmm… estou numa aldeia… índia…Sioux?
Cherokee? Ah, não, Portugueses! Ah!...Portugue…ses…
Espreito os "tippies" um a um e não vejo nenhuma alma,
nem animal, mas as fogueiras estão acesas e o ambiente
convida-me.
Há um "tippie" vazio, um pequenino esqueleto à entrada,
um espanta espiritos que ressoa quando lhe toco…As
pequenas tíbias tocam uma na outra e o esqueletozinho
ri-se…para mim, é claro.
Nada me é estranho e vou arrumando as minhas coisitas.
Desenrolo o tapete, aconchego as almofadas, acendo a
minha fogueira lá fora e preparo-me para ficar, sendo
bem recebida ou não preparo-me para ficar!
E comigo na bagagem trago histórias! E esqueletos que
retiro dos armários de todos, para lhes tirar o bafio, para
os arejar, e para mostrar a todos que têm esqueleto, por
mais que os queiram esconder, ou negar.
Cheguei a esta tribo (clã – comunidade – o que quiserem)
empurrada pela minha filha e orientada por uma amiga,
que me está a ensinar a dar os primeiros passos de "como
entrar numa tribo desconhecida", e que conhece o meu
espírito missionário: onde me meto, faço-o com uma
intenção de missão…é um talento que eu tenho, este de
ver a para além do que os olhos vêm e do que os ouvidos
ouvem…
Falo de mim através do que escrevo. Não tenho
pretensões a ser escritora, quero reunir o que escrevo,
também para mostrar ás minhas netas um dia, o que ia
na alma da avó delas.
Agora, vou tirar um esqueleto à sorte, da minha bagagem.
Mexo e remexo, e "hoops", aqui está um bem
escondidinho, a não querer sair do armário… dou-lhe um
puxão, desloco-lhe o crânio, salta-lhe um dente, mas…
aqui está ele:

...