quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Crisis?...What Crisis?...


Não era uma música dos Pink Floyd? Ou um albúm?
Já não sei bem, mas este grito vive dentro de mim e
salta cá para fora, desde os anos 80. Mas qual crise?
De que estamos a falar? De que entretenimento falamos
para pôr o povéu todo a olhar pr'a li? Para o lado que lhes
dá mais jeito?
Há muitos anos que eu ouvia falar da ausência de valores,
que se perderam valores, blá blá blá….wiskas saquetas, e
tudo me fazia confusão! Hoje, mais madura, mais velha e
mais macaca, começo a perceber uma série de subtilezas
manhosas:
Subtileza 1: Não há falta de valores, nem eles se
perderam, foram invertidos. Numa escala de 0 a 10 quais
são os valores pessoais que se interiorizaram ao longo
da vida? E esses valores são pessoais ou adquiridos tipo
tradiçãozeca de família, só para serem usados uma vez
ao ano?!? Então qual é o meu papel?
Declamar os valores, abanando a cabeça, como fazem os
muçulmanos quando decoram o Corão, num estado de
transe hipnótico, ou questionar os meus valores que eu
desejo praticar em consciência?
Subtileza 2 : Não tem dado muito jeito ao estado, às
religiões ou às ciências, ensinar cada um a
responsabilizar-se de tecerem os tapetes da própria vida.
"É melhor que a gente faça por vocês, ó patetas alegres
descerebralizados (qual lobotomia feita pelo Prof. Egas
Moniz) do que vocês se porem a pensar e fazer asneira,
(que é o mesmo que dizer, pensarem por si próprios e
questionarem o nosso abuso de poder)".
Subtileza 3: O abuso do poder que julgam que têm! Há
uma linha ténue entre autoridade e o abuso dela. Muitas
pessoas não sabem lidar com a autoridade, porque nem
sequer vislumbraram a diferença entre abuso, poder e
autoridade.
Subtileza 4: Poupar…poupar…mas desta subtileza,
falarei mais tarde, tirando outro esqueleto do armário
que agora não me apetece.
Parecem-me haver mais subtilezas manhosas nesta coisa
da crise. Como eu penso pela minha cabeça e pela minha
experiência adquirida, a crise, tal como a apresentaram e
pintam não me convence! Estou mais convicta em ver
oportunidades de cada um olhar para dentro e mudar o que
faz sentir-se mal, do que querer o que está fora, numa
tentativa aparvalhada de remendar os buracos. Cada um
pega na crise, como se pega numa minhoca – com nojo, ai
que horror, como se não tivesse nada a ver com aquilo.
Os outros é que são todos maus, uns abutres, umas hienas
hipócritas, porque cada um, tadinho, dentro das suas
próprias casas e dentro deles mesmos não contribuíram em
nada para a "crise das minhocas no quintal" – as vitimas
estão sempre à espera que solucionem por elas, enquanto
rastejam a pedinchar e a queixarem-se.
Desculpem lá, mas já estou cheia desta "merdice" pegada
da crise, que ninguém quer, mas da qual todos se
aproveitam para esconderem os verdadeiros vazios que
criaram. E agora, querem fazer mais o quê?
.

2 comentários:

  1. :)Crise, qual crise?, sempre ouvi falar nesta palavra -crise-e eu já tenho alguns anitos.Concordo perfeitamente com o que foi dito. O que penso é que houve , há e continuará a existir esta palavra e sentimento de que existe crise quando pensamos estritamente no plano financeiro e económico, com uns a beneficiar e outros a vitimizarem-se. Neste momento actual da nossa era o que eu penso é que existe crise , mas no sentido de crise de identidade e de conhecimento de nós próprios como seres humanos.Pois quanto maior for o conhecimento que tivermos de nós própios melhor conseguiremos lidar com tudo o que nos possa acontecer.

    A maneira auto-destrutiva dos grandes lideres mundiais e destrutiva dos outros que conduzem só revela a ausência de conhecimento do seu self.Hoje em dia a maior parte das pessoas em qualquer sociedade não tem tempo ou não quer arranjar tempo para se dedicar na busca do seu self.Encontra-se constantemente em competição pela sobrevivência, pelo poder, pela ganância devido a busca incessante do materialismismo, e menosprezando a alegria da sua evolução e do seu auto conhecimento e sobretudo esquecendo-se que todos temos a mesma essência, ou seja todos somos " seres divinos".Mas como os seres humanos passaram tantos anos a colocarem "véus"e mais "véus" deixaram de estarem conectados com a sua dividade interior, levando o estado do mundo `beira do desastre.

    Deixo apenas estas perguntas feitas pelo autor ECKHART TOLLE e passo a citar-" Estará a humanidae preparada para a transformação da consciência?Serão os seres humanos capazes de desafiar a atracção gravitacional do materialismo e da materalidade e elevar-se acima da identificação com a forma que alimenta o ego e os condena à prisão da sua própria personalidade?-"

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  2. À MPNR agradeço a pergunta do Eckart Tolle que eu tão também conheço e de quem sou admiradora, na minha reflexão sobre esta pergunta, eu sinto que já há momentos que muitos humanos transcendem o seu próprio Ego, e ao fazê-lo juntam-se à imensa massa crítica do inconsciente colectivo e arquetipico, que está a trabalhar no silêncio do invisível e inaudível para erguer a Alma Humana colectiva.

    Aqueles que querem continuar a chafurdar na imaturidade egóica, pois…chafurdem.

    SM

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